a vida que o seu eu de 80 anos se orgulharia
Algumas vezes na vida nós precisamos nos colocar em posições externas para ver a imagem completa. É preciso se retirar da situação emocionalmente e racionalmente. Algumas situações exigem de nós um olhar mais sábio, talvez a sabedoria que existe dentro de nós mesmos. Quando eu não sei que direção tomar e isso para situações que mudariam muito o trajeto da minha vida, eu me coloco nessa posição de olhar de fora. "O que a Letícia de 80 anos pensaria dessa decisão?" ou "Como eu contaria isso para os meus filhos e netos?".
Será que as minhas decisões hoje seriam contadas com um ar de tristeza? "Eu fiz isso porque tive medo", "Eu não fiz aquilo pois achei que não conseguiria", "eu nem tentei", "eu amei, mas meu ego era maior". O que mais me assusta na minha vida é não vivê-la o mais intensamente possível. Já que nosso tempo é finito, e a única coisa que eu tenho é tempo, pois se me tirarem o tempo eu não sou nada. Um dia a mais de vida, ou dez anos a mais, que diferença isso faria? Quem eu amaria, se soubesse que não tivesse tempo a perder? Com que eu trabalharia? Quais companhias eu me permitiria gastar o meu precioso tempo? O que eu consumiria? Que livros eu leria? Que filmes eu assistiria? Como eu cuidaria do meu corpo?
Quando colocamos a preciosidade do nosso tempo de vida em questão as coisas se tornam mais simples. Que trabalho me traria mais benefícios? Que carreira eu me sentiria mais feliz e realizada? Isso se torna fácil. O que diria pros meus netos sobre essa decisão? "Tive medo"? O nosso tempo passa tão rápido, e nós temos nos mantidos tão ocupados que fica quase impossível questionar. Questionar é o que nos faz pensar e nos coloca no melhor trajeto.
O meu maior medo é não viver a vida completamente. Independentemente do tempo que me resta, eu sei que todas as noites eu durmo sabendo que vivi o mais corajosamente que pude. Que fui fiel ao meu coração, que escutei as minhas necessidades, meus anseios, que dei voz a minha opinião, que não deixei os outros me dizerem o que tem que ser feito.
Quero continuar tendo esse impulso e fazer tudo para que a minha versão de 80 anos se divirta contando todas as histórias, tudo que eu fiz, que eu seja um exemplo de coragem e de amor.
O que te faz sentir viva?
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