Como a sua cabeça pode ser um lugar perigoso
Bom diaaa mundo!
Um dia lindo de outono por aqui, o sol brilhando e um friozinho bem gostoso, meu tipo de dia preferido :)
Tenho me dedicado ao estudo de inteligência emocional, tem sido bem importante pra mim, entender o que tem acontecido dentro de mim e como eu reajo às coisas que me acontecem.
Mais do que nunca eu tenho estado atenta para o que eu penso. Hoje vejo como um pensamento, como o diálogo interno são poderosos. Temos em torno de 6000 pensamentos em um dia, muitos deles não são verdadeiros. Nosso cérebro muitas vezes nos convence que não somos capazes, não somos dignos, não somos suficientes, que não temos o que precisa pra realizar determinado sonho. Constantemente tenta nos sabotar, às vezes para economizar energia, às vezes por repetir aquilo que ouvimos na infância. A história que você conta pra você mesmo é tão importante quanto a história por si só. E além de nos afastar dos nossos sonhos, a carga de pensamento negativa pode nos deixar deprimidos e nos congelar.
Todo sentimento antes foi um pensamento. E imaginemos que tudo que você consegue pensar é quão incompetente, inútil, feio(a), insuportável, sem graça, gordo, magro, inadequado você é. Sua cabeça vai acreditar nisso, que eu imagino que nem seja verdade, e vai começar a agir como se isso fosse uma verdade. Imagine viver uma vida acreditando nas mentiras que sua cabeça conta pra você, é um desperdício enorme de vida, de potencial e de luz pra iluminar os outros.
‘Aquilo que você diz repetidamente para você mesmo, e como você se descreve repetidamente, é como você acredita e se torna. Tudo que fazemos e experienciamos se origina da nossa identidade e do nosso conjunto de crenças fundamentais’ Omar Itani
Somos aquilo que pensamos repetidamente, e existe um risco muito grande de termos uma visão distorcida de nós mesmos, sermos muito autocríticos, sermos autodepreciativos, sermos quem nos coloca pra baixo, sermos quem não confia em nós, sermos quem nos desacredita. Eu percebi que na quarentena eu dediquei muitas horas do meu dia às redes sociais e isso bagunçou demais a minha concepção de mim mesma, eu comecei a me sentir inferior, me sentir feia, me sentir inadequada pois me comparava às garotas que têm uma vida e um repertório muito diferente do meu. Eu constantemente estava triste e buscando anestesiar a tristeza com redes sociais, que eu não sabia naquele momento, poderiam ser o maior gatilho para os meus pensamentos autodepreciativos. No Instagram, eu me comparava com aqueles corpos, rostos, peles, roupas, viagens, estilos de vida que pareciam inalcançáveis. No twitter, eu me afundava no humor depressivo e ansioso. No tiktok eu encontrava uma forma de procrastinar, passei horas vendo vídeos que não me faziam me sentir melhor, só cumpriam o papel ‘curar o sintoma’ já que a causa da minha tristeza era bem maior. Tudo isso guiava meus pensamentos, toda essa informação que eu consumia diariamente nas redes sociais, eu não tinha controle daquilo que pensava. Gosto daquela metáfora do potinho com água, quando acordamos de manhã temos duas opções: encher nosso copo com água suja ou com água limpa; o nosso copo é nossa mente, quando escolhemos abrir as redes sociais, responder o wpp logo que acordamos, estamos enchendo nosso copo com a água suja. Por outro lado, quando ao acordar nós oramos, meditamos, fazemos algum exercício, escrevemos, estamos enchendo nosso copo com água limpa, nós estamos desde o início do nosso dia no controle dos nossos pensamentos e emoções.
O que eu tenho feito para analizar minhas crenças com mais clareza é escrever como me enxergo, escrever os pensamentos que tenho ao longo do dia, escrever em momentos que estou triste, aflita, e isso vai me ajudando a encarar o que penso com mais razão e muitas vezes descartar algumas coisas.
O hábito de escrever, como em um diário, ajuda no pensamento metacognitivo -consciência sobre o próprio pensamento- que é um dos princípios da inteligência emocional. Que aumenta nossa consciência sobre nós mesmos, sobre nossas emoções e nos ajudar a mapear nossas reações diante das situações.
A dieta mental é muito importante, ela direciona nossas emoções e ao longo do tempo determina quem somos e o que acreditamos. Vendo o que eu vivi, posso dizer que controlar minha dieta mental foi o mais importante para sair de um estado de tristeza, desânimo, falta de perspectiva, para alguém que realmente quer acordar, quer viver, quer se alegrar.
Compartilhem comigo nos comentários o que vocês têm passado, ficarei feliz em ouvir.
Recomendações de leitura:
https://www.omaritani.com/blog/stop-overthinking
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